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Medronhos em dia de consoada - 24 de dezembro de 2014 Há
uns anos a esta parte, não muitos, tínhamos uma equipa de
bravos que semanalmente eram certinhos e marcavam presença em Jales
para pedalar connosco pelos nossos trilhos, referimo-nos ao Manuel, Adriano,
Jorge, Miguel, entre outros, mas estes eram os mais assíduos…
com o passar dos tempos, como em tudo, mudam-se rotinas porque a vida
a isso obriga e esses passeios semanais deixaram de ser tão frequentes,
pelo menos com eles.
Por sugestão do Manel e porque tinha visto a crónica do
último passeio (a grande quantidade de medronheiros existentes
naquela zona), fomos novamente até Valoura com uma ou outra variante
na zona de Pedras Salgadas.
Já na descida para Valoura, as fitas abundavam pelos trilhos e, um passeio de motos, limpou a folhagem do trilho desde a semana passada, e deixou enlameado e pantanoso parte do trilho, obrigando-nos a fazer um desvio, e ainda bem, porque deu para fazer umas fotos de grupo num lugar de rara beleza, junto a uma linha de água… Mais
acima, um habitante de Valoura que entretanto fala com o Adriano diz-lhe:
”Andaram aí os das motas e estragaram os caminhos todos”.
Acreditamos que, para quem utiliza esses caminhos a fim de se deslocar
para as suas propriedades isso seja mau… a nós, pessoalmente,
faz-nos alguma espécie ver as fitas dependuradas em tudo que é
árvore, mas infelizmente isso acontece em muitos lados….
Logo aí veio à conversa uma limpeza de fitas que uma altura
fizemos aqui na nossa zona, para levar a cabo a realização
do PUF. Na subida para Cubas ainda se fizeram algumas paragens para degustação de medronho... O Manel como vem sendo hábito nas voltas de bicicleta, não passa sem o seu café, perguntando-nos onde o poderíamos beber...Dissemos-lhe que só na Padrela porque passaríamos ao lado de duas povoações e uma outra (Frutuoso) não sabíamos se aí haveria algum café…como alternativa, teríamos sempre a sua exploração na Lagoa onde há 3 anos e precisamente no dia de consoada lhe fizemos uma visita de bicicleta para um cafezinho, na altura, o Manel trabalhava arduamente e não pode ir pedalar connosco. Chegados ao alto da Padrela o destino seria Tazém, no entanto, e porque o relógio estaria já demasiado adiantado, decidimos ir diretos para beber o café na sua propriedade. Até lá, e porque o Manel aqui pedalava no seu terreno, fez-nos uma visita guiada a alguns dos seus campos onde plantara umas centenas de castanheiros. Já na sua exploração, fez questão de nos abrir o armazém para o café e mostrar as últimas aquisições, não falo de bicicletas mas sim de máquinas agrícolas…e que máquinas!!!
Ficámos contentes voltar lá porque as coisas estão
bem e de saúde, é sinal que ele e a sua família se
têm esforçado nesse sentido. A descida para Nozedo fez-se a grande velocidade com o cheiro a travão a abundar e, depois de chegados a Vila Pouca de Aguiar com praticamente 50 kms, despedimo-nos na esperança de nos voltarmos a encontrar brevemente para pedalar novamente.
*Aconselha-se o visionamento do vídeo em HD
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