A ponte (ainda) é uma passagem - 20 de outubro de 2013

Habitualmente pedalamos ao sábado de manhã, no entanto, um princípio de gripe e uns resfriados no corpo na noite de sexta-feira, aliados às péssimas condições climatéricas anunciadas para a manhã de sábado levam-nos a cancelar a voltinha matinal…
Afinal, a manhã esteve boa e durante a mesma combina-se imediatamente para o dia seguinte, embora fosse dia de caça e não seja dos dias preferidos para andar de bike no meio do monte…lá fomos tentar fazer uns trilhos que já não se faziam há uns bons 3 ou 4 anos.
O destino foi a barragem dos Vales e tentar, antes da localidade, seguir diretos a uma ponte de madeira que atravessa o rio Tinhela entre as localidades de Vales e Reboredo.

 

Já sabíamos que uns 150 a 200m teríamos de os fazer fora da bike, devido à péssima condição do caminho e ao pouco movimento de pessoas pelo mesmo.
Afinal é necessário atravessar uma ponte de madeira e devem-se assustar com a mesma…
Da última vez que lá passámos, fizemo-la em cima da bike, desta vez foi notório o estado de degradação em que se encontra a mesma.
Quando lá chegámos, deparámo-nos com pedações de madeira que já não existiam, e imediatamente se decidiu não a atravessar a pedalar…das 3 vigas de castanho que existem, seria por um destes pontos o melhor local para a atravessar, se bem que os enormes pregos que seguram as (fracas) tábuas de castanho às traves já estavam todos a sair.

 

Depois de uma paragem prolongada, umas fotos e umas filmagens do local, seguimos em direção ao Reboredo e daí a Cidadelha…como ainda só trazíamos 25Kms já com 800m de desnível positivo, decidimos fazer mais uns kms e voltámos ao rio, desta vez ao sopé das serranias de Campo de Jales. Desde aí foi sempre subir, sem antes não deixar de fazer uma rápida descida até às margens do Tinhela a montante da dita ponte. Até ao alto onde já chegámos bem quentinhos.
Foi bom voltar à ponte de madeira e verificar o seu estado. Pode ser que alguém olhe para ela e a veja como útil, quanto mais não seja, para passarem uns indivíduos de bicicleta que a descobriram depois de cortarem uma serie de giestas e mato até lá chegar há uns anos a esta parte, para passarem os caminheiros, servindo perfeitamente como ponto de passagem de percursos pedonais e, até para o próprio gado que anda a pastar as serranias da região.
Aquilo que é histórico deverá ser preservado … assim o esperamos.
Acreditamos que a mesma seja desconhecida por parte de algumas pessoas, mas, no que respeita à possível conservação/recuperação, já fizemos a parte que de nós dependia… confiamos seriamente que não a deixarão cair…
Enquanto houver ponte, por ela passaremos para a outra margem…

 

* Aconselha-se o visionamento do vídeo em 720p HD