CEVA & KÉZIA em Jales - 07 de dezembro de 2013

Há uns tempos a esta parte num dos relatos colocados nas redes sociais, fomos “provocados” pelo Daniel e pelo Tico, como que fazendo-se convidados a virem até cá passar um dia a pedalar pelos nossos trilhos.
Consultando a agenda, brevemente apontámos para o dia 7 de dezembro, ficando sempre pendente das condições meteorológicas. Acaso chovesse, seria adiado, porque a chuva estragaria bastante a boa dose de humor da malta.
O dia amanheceu fresco e com temperaturas negativas mas, com o passar das horas e muito à custa do sol e não só, foi dando para se transpirar…
Quando chegámos ao ponto de encontro já estava tudo reunido com as malas dos carros abertas, a tomar o pequeno-almoço. Servia-se café quente e pão fresquinho. O Zé (Kézia) de jaqueta azul, bigode e capacete, por momentos pareceu-nos o Major…mas logo nos lembramos, que ele embora estivesse para vir tinha desmarcado a presença…mandou o sósia, pensámos… à primeira vista era o Major que estava ali!!!
Do CEVA vieram 2 elementos, segundo eles, os progenitores. Os filhos, não apareceram e um dos netos (Daniel) estava no grupo dos KÉZIA que eram 5.
Depois das apresentações feitas e tudo preparado, lá nos fizemos aos trilhos.
Quando chegámos ao alto dos canastros a Cerdeira, já a conversa entre o Pedro e o Daniel ía animada, afinal, e pelo que tinha lido nos seus blogs sobre uma das suas voltas e, sendo o reencontro dos dois em Jales, já imaginava que seria aqui que os devidos esclarecimentos fossem postos em “cima dos trilhos”. Eu e o Tico, íamos assistindo ao desenrolar da conversa entre eles…O assunto era uma “obra literária”, que o Pedro escrevera sobre uma incursão a Covêlo do Monte, depois de ter sido anunciada a sua venda. Nesta, o Daniel reclamava o track antecipadamente para idealizar um percurso em estradões mais largos.
Não é que a conversa não fosse bem “picada” e até desse para rir, mas ao chegar à Vreia de Jales decidi passar para a frente até às proximidades da Barrela a fim de fazer uns registos de imagem. Até ali, o Daniel mais parecia que tinha engolido umas pilhas alcalinas…por momentos comentei com o Tico que conhecemos assim uma pessoa que até a subir e ofegante não se cala, entretanto, o Tico lá me foi dizendo que o Daniel nesse aspeto faz uma melhor gestão da energia e ao cimo costuma calar-se…
Depois da Barrela voltámos à Vreia de Jales pelo lado nascente, subindo uma calçada curta por entre alguns campos e matas de carvalho. Desde aí e até entrar nas localidades do concelho de Murça foi um ápice, parando duas vezes para que o Tico desse um pouco de ar ao seu pneu.

Quando chegámos ao Cadaval, várias pessoas andavam a apanhar azeitona e eis que se para fotografar o momento. Sim, fotografar, porque até ali a coisa andou sempre bem acesa…nem tempo havia para umas paragens e umas fotos… um garrafão “plantava-se” ao sol para que a bebida isotónica que o mesmo continha não fizesse mal à passagem nas quentes gargantas que até ali chegaram.

 

O Daniel questiona o povo se o garrafão falava e não é que vem logo uma das senhoras com copos e “armou-se” ali logo a barraca!


O Tico foi buscar a vara a um dos homens e posou com todos para a foto, como que a varejá-los, já depois de ter provado da tal bebida isotónica…


Daí até Murça foi sempre a descer pela esperada calçada romana que, depois de atravessar o Tinhela começou a alongar o Grupo, isto porque alguns ficaram para trás a apreciar a ponte/calçada e a registar o momento.

Os únicos kms feitos em asfalto (2kms) chegavam para fazer uma ligação dos trilhos, antes de se iniciar mais uma bela subida, desta feita até próximo da localidade de Carvas por entre vinhas e “azeitonais”, termo novo proferido por alguém numa dessas paragens, para o Tico trocar mais uma câmara do pneu…

 

 

 

Até à localidade de Mascanho fomos conversando e, a determinado momento tudo pára no fundo de uma descida. Tinha acontecido algo insólito e com quem…? Adivinhem…ao o Daniel! Consegue virar um pneu ao contrário na roda e ficar com a câmara de ar completamente entalada sem furar! Algo que nunca presenciei e dificilmente alguém tenha visto…

 

A descida para Mascanho lá se fez com o cheiro nauseabundo a farodo.
Na subida para a Granja mais um contratempo…alguém dos Kézia empena um desviador…Ía tudo bem quentinho mas, a paragem fez com que a malta arrefecesse e quebrasse o ritmo de pedalada que até então vinha a ser imposto pelos homens da frente, por entre um single de coníferas.
Na localidade de Tresminas visitámos a igreja romana que estava aberta para a missa que iria ter lugar pouco tempo depois de termos passado….aqui alguém ficou confuso com as cachorradas da igreja, onde se esculpiram na pedra cabeças de animais e outras coisas…
Porque alguém perguntava ao Zé, que foi o guia do grupo, se ainda se iria subir muito, ele informou que ainda teríamos um “ossito para roer” era um calo e eis que o mesmo aparece, logo mal deixámos a aldeia…teve de se fazer devagar, a 5/6 kms/h porque as pendentes em alguns locais chegavam aos 20%.

 

 

Avizinhava-se uma visita a um local já conhecido do Daniel e alguns companheiros do grupo; a ponte de madeira que atravessa o Tinhela, entre Vales e Reboredo. 200 a 300 metros antes de lá chegarmos, tivemos que desmontar porque o estado em que se encontra o caminho não o torna ciclável. Aí chegados é momento de fotografar e de diversão. O Pedro disse-nos que não augurava grande futuro a essa ponte e que da última vez que passara em pontes de madeira no ano seguinte tinham caído…ao que parece aconteceu a duas. Esperemos que esta não caia pois estamos confiantes que as entidades locais a irão recuperar, como forma de atração turística através de percursos pedonais e como os nossos, aliás, já alertamos pessoas capazes para este facto.

 

 

 

A saída da ponte até ao Reboredo, deu novamente para aquecer as turbinas e, não sei se pelo sol no para-brisas se por algum ramo de giesta o Daniel foi mais uma vez protagonista de um episódio a 4 kms do final do passeio. Deu um valente trambolhão. Como vinha a fechar o grupo, quando cheguei ainda o vi no chão com uma coloração pálida, entretanto, disse-me que iria ter mais 2 metros de acumulado em relação aos restantes elementos por ter levantado voo, ora, perante a piada logo vimos que a coisa estava bem...
Lá seguimos em direção a Cidadelha e eis que mais alguém alerta para avaria…o Rui parte a corrente, tal era a força desta gente!!!
Depois de partirmos para os últimos kms, passámos, pela enésima vez por um Kézia a dar ao polegar…eh pá…eu não sei quantas vezes… a subir, a descer, em cima da bicicleta…só esperamos é que não tenha levado nenhuma tendinite no dedo...

 

Para terminar, o Zé guiou-nos por uns single-tracks em Cidadelha até chegar ao ponto de partida por volta das 15:30, passados 58 kms e 1774m de desnível positivo, 1776 para o Daniel!!!
Depois de os guiarmos até aos balneários, foi aí que os deixámos e regressámos a casa, porque compromissos musicais esperavam-nos antes do final da tarde…foi um dia em cheio!
Para o ano, se quiserem voltar, vamos preparar aí uma coisa interessante para um dos amantes das coníferas, o Pedro (Indy).

 

Mais fotos aqui

Rescaldo by Indy aqui

Rescaldo by DanielKezia aqui

 

 

* Aconselha-se o visionamento do vídeo em HD