Rotas do Ouro com BTTPINOCO & amigos (3.º episódio) - 15 de fevereiro de 2014

Mais um episódio, desta feita o terceiro com BTTPINOCO e amigos pelas rotas do ouro.
Ainda antes do final do ano de 2013 o Domingos Gouveia enviou-nos o calendário das saídas mensais do seu Grupo, para que víssemos se a proposta da 3ª vinda do Grupo BTTPINOCO a Jales poderia ser dia 15 de fevereiro. O que eles pretendiam segundo conversas era um dia gélido com temperaturas negativas porque estaria em falta sentir o verdadeiro frio de Jales. Não esteve muito frio, a temperatura média ao longo do passeio rondou os 5ºC.
Com eles, vieram também mais amantes do pedal (boa malta), a seu convite, alguns dos quais já tinham vindo a Jales noutros episódios, no entanto, para alguns foi a estreia.
As previsões meteorológicas apontavam para a continuidade de chuva, o que aliás se vinha mantendo deste há uns meses a esta parte. Temia-se o pior. Um passeio com uma extensão de aproximadamente 60 kms, algumas calçadas romanas à mistura e cerca de 1700m de D+, com chuva e terreno pesado não era apetecível. Sinceramente, ainda ponderámos adiar o passeio a 3 ou 4 dias do mesmo mas, porque as pessoas já tinham os compromissos assumidos e alguns até mudaram os seus afazeres por causa do mesmo, ponderadamente não o fizemos.
Bem cedo, pelas 8.20h já estávamos no local combinado para a partida. Estava lá o Fernando Sampaio e o Adriano, este último ligara-me às 7.30 a dar conta de uma indisposição que o colocava entre a “espada e a parede” quanto à participação, mas, lá se apresentou como sempre cheio de vontade e valentia. Aos poucos foi chegando a malta até que, por volta das 9 da manhã nos lançámos aos trilhos. A primeira abordagem à terra deu-se após 2 kms de empedrado e logo deu para ver a quantidade de água no terreno e a lama adjacente à mesma.
Quando chegámos à localidade de Barrela já ia tudo bem molhadinho pela imensa água que corria nos caminhos e nos obrigava a desmontar para transpor os muros e vedações nos terrenos. Os trilhos eram autênticas ribeiras!
Um dos locais onde supostamente teríamos dificuldade em passar estava mesmo ali e ponderava-se fazer um desvio para o evitar mas, mais uns muros e uns saltos e lá se transpôs.

 

Entretanto, logo após a localidade da Barrela só estávamos 15…faltava 1 elemento, o Adriano.
O telemóvel não tocava, ele teria de estar logo ali porque a última vez que passara por nós tinha sido há 2 kms. Como ele era conhecedor da zona, decidimos pedalar até à localidade de Vreia onde faríamos nova tentativa de contacto para o localizar. A subida fez-se dura com a calçada bastante molhada e enlameada, que fazia com que as bicicletas resvalassem pelas pedras.

Chegados à Vreia, nova tentativa de contacto inglória…começam-se a pensar coisas…o homem estava indisposto…o telemóvel desligado… Eu e o Zé conversámos e um de nós teria de abandonar o grupo e voltar à Barrela procurar o Adriano. Fico eu…faço um telefonema para o nosso pai, que está sempre para nos aturar nestas coisas e peço-lhe que venha ao meu encontro para irmos resgatar o Adriano. A ideia seria manter contacto com o Grupo e ir dando notícias. Quando cheguei à Barrela, retirei a bicicleta da carrinha e fiz um pedaço do trilho onde o tinha visto da última vez em sentido oposto, nada encontrei a não ser uma quantidade imensa de marcas de passagem de bicicletas. Voltei à aldeia e questionei um senhor que olhava impávido e sereno para mim que mais parecia “barata tonta” a andar para trás e para a frente a perguntar a um e outro se o teriam visto. O senhor disse-nos que o vira seguir o trilho sozinho mas que voltara para trás…o telemóvel continuava desligado. Entretanto, o telefone do nosso pai toca porque tinha passado um vizinho e em conversa ele dissera-lhe que andávamos à procura de um colega…o Adriano apareceu! Estava longe desse local e tinha decidido ir ter com o Grupo ao Alto do Pópulo pela N15, porque nos ouvira comentar que passaríamos por ali. Lá o fomos resgatar, já no concelho de Sabrosa e foi precisamente no alto do Pópulo que esperamos pelo grupo, combinando esse encontro através dos contactos que fomos mantendo.

 

Depois de em Alfarela de Jales se ter feito uma alteração ligeira ao percurso inicial por causa da água e lama, a partir daí foi desfrutar dos trilhos e seguir até ao Pópulo onde os aguardávamos com um pequeno abastecimento para cumprir a tradição.

Entretanto e porque já estaríamos algo atrasados, descemos a toda a velocidade até à calçada romana de Murça, local a que todos ambicionavam chegar!

 

Em Murça, o Miguel Martins fez questão de irmos fazer a fotografia de Grupo junto à porca de Murça.


Sendo Murça o ponto mais distante do percurso, rapidamente nos fizemos ao caminho até ao alto do Fiolhoso para, desde aí, rumar à barragem do Tinhela e por sua vez à famosa ponte de madeira.
Nos Vilares fiquei com um grupo de 4 colegas que não decidiram arriscar fazer o que restava do percurso, por fadiga e/ou avarias ligeiras nas bicicletas, depois de os termos informado que o percurso a partir dali seria durinho. Só para terem uma ideia, naqueles 15 kms finais o acumulado de subida seriam aproximadamente 1000m!

 

Ao chegar à localidade, por volta das 16.30/17h, deu-se uma lavagem nas bicicletas, seguida de um duche. Alguns amigos partiram de seguida mas, a maioria do Grupo, foi até um dos restaurantes da localidade merendar e confraternizar mais um pedaço onde o tema de conversa, para além de outros, foi o rescaldo do passeio e as histórias que durante o dia se passaram.
Um breve momento de música tradicional foi a surpresa do final do convívio, depois de irmos à mala do carro buscar os instrumentos musicais.
Nas despedidas ficou a vontade, por parte de alguns participantes de regressar para fazer o percurso com tempo seco…
Apareçam quando quiserem para este ou outros percursos!
Até à próxima!

 

Texto: Sérgio Favaios; Fotos: José Favaios; Vídeo: Sérgio Favaios e Domingos Gouveia

 

Rescaldo by BTTPINOCO aqui

Fotos By Joel Braga aqui

 

 

* Aconselha-se o visionamento do vídeo em HD

 

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