Por entre o nevoeiro - 11 de janeiro de 2014

Desde a vinda dos CEVA e dos KÉZIA a Jales, no pretérito dia 7 de dezembro que as bicicletas não saíam da garagem… não porque a vontade não fosse muita mas porque uma constipação do Zé, aliada a uns dias invernosos nos obrigassem a ficar por casa sem pedalar.
Um mês sem pedalar obrigar-nos-ia a uma voltinha soft e sem grandes loucuras, pelo menos, eram esses os planos…
Há uns dias a esta parte o Zé tinha pedido para traçar um percurso entre Penabeice e a localidade de Lagoa na Serra da Padrela. A ideia, na altura, era ir até às explorações romanas de Covas/Ribeirinha e daí seguir até Penabeice, isto porque, há já uns tempos largos não íamos à Ribeirinha, que um dia nos marcou, pela placa que alertava para o cuidado a ter com as galinhas…e elas lá andavam!
A manhã acordou com céu limpo e ainda tivemos oportunidade de fotografar o nascer do sol porque decidimos sair mais cedo que o costume, mas, quando começámos a subir para Covas, logo vimos que o nevoeiro que entretanto apareceu nos iria acompanhar e assim foi.

Quando chegámos à localidade da Ribeirinha reparámos que alguém estava a recuperar uma das casas e, mais acima o contraste, onde habitualmente costumamos parar e encostar as bicicletas, duas paredes desmoronadas…é a isso que estão sujeitas todas as outras paredes, nestas aldeias transmontanas cada vez com menos gente que as possa endireitar e preservar.
Perante a distância que teríamos de percorrer e o acentuado relevo da região, logo vimos, lá no fundo da Ribeirinha, que seria complicado para quem já não pedalava há 1 mês, depois dos excessos de Natal e passagem de ano o que aí vinha…

Uma das subidas inéditas nas nossas voltas em direção ao parque eólico da Padrela vinha aí e o nevoeiro impedia-nos de apreciar a beleza paisagística daquela região, para além disso, obrigou-nos a uma gestão de esforço, porque acabámos por nunca saber quando é que a subida terminaria.
Depois de uma alteração ao percurso original que tínhamos delineado, decidimos “inventar” e seguir por navegação, sim porque com aquele nevoeiro, o que nos safou foi mesmo a navegação.

 

Quando aparentemente chegámos ao cimo da subida, depois de uns kms a dar-lhe, confirmámos que as rabanadas, os bolos de bacalhau e outros/as, não se compadecem com a bicicleta. Tempo de paragem para a sande de marmelada. Daí seguimos até à localidade de Lagoa onde, por sua vez, intercetaríamos um trilho que nos levaria até Tinhela.
Depois de consultar o relógio, sendo quase hora de almoço, decidimos alterar o percurso e seguir em direção a Guilhado pelo caminho florestal, porque pelo rio teríamos de fazer um pedaço com as bicicletas à mão e iriamos perder bastante tempo.
Para quem não andava há cerca de 1 mês, é claro que depois de 48 kms e 1300m de desnível positivo se chega a casa dorido…já era tempo de termos juízo mas o “bichinho fala mas alto”…

 

 

 

* Aconselha-se o visionamento do vídeo em HD