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Riscado em cima do joelho - 27 de dezembro de 2014 Depois
de no dia de consoada termos pedalado com os amigos Manel e Adriano, eis
que passado dois dias o Zé telefona-me durante a tarde para me
dizer que no dia seguinte iríamos pedalar novamente…bem…tinha
acabado de retirar o equipamento da máquina de lavar completamente
molhado…15h…o sol já está quase a esconder-se
por detrás da montanha…quis demovê-lo da ideia sugerindo
a segunda-feira mas só me mandou desenrascar e secar o equipamento.
Lá tive de arranjar forma de o fazer. Depois de Quintã rumámos à eólica que está no ponto mais alto da serra para contemplar as vistas e ver no vale o nevoeiro que ultimamente tem assolado a região. Daí seguimos em direção a Pinhão Cel por um caminho com muita pedra, aliás, diga-se que todo o percurso foi rico em pedra! Depois de passar a localidade, o Zé decide ir a uma ponte que habitualmente a costumamos ver quando passamos de carro, mas nunca a atravessámos de bicicleta, talvez por ser perto de casa…não sei porque, mas acabámos por acrescentar mais uma ao historial de pontes. De
seguida fomos até Torre do Pinhão e por sua vez até
às margens do rio Pinhão por um single cheio de água/lama
e bastante pedra, mas muito agradável. Os riscos em cima do joelho por vezes dão-nos partidas, embora tivesse caminho lá tivemos de pular a cerca, para daí seguir para Souto Escarão. Foi a primeira vez que fomos a essa localidade. Foi fantástica a navegação por entre vielas e quelhas da localidade “emparedados” por muros graníticos de habitações e estábulos de animais. A pacatez da aldeia era notória até nos animais que pela manhã se refastelavam nas soleiras das portas e nos parapeitos das janelas. Daí o destino seria as imediações de Perafita mas, como já era tarde (as luvas atrasaram-nos), decidimos seguir em direção à Carva. Eis que no meio do nada e depois de fazer uma boa meia dúzia de kms no nada encontrámos um marco com a cruz de Cristo. Parámos e logo começámos a supor o que seria, ou que significaria. Depois da Carva parámos junto a uma rocha que me havia sido mostrada por um amigalhaço dos Vilares, o Sr. Salas, um amante da natureza e dos "calhaus". Uma rocha fantástica e com uns contornos que facilmente identificam um crânio ancestral. Entretanto
diz o Zé: “Vamos fazer os singles das Cortinhas e Moreira”
bem…pensei…lá terá de ser.
“Riscado
em
cima do joelho”, deu-nos 43 kms de pura diversão e gozo,
numa manhã em que o sol esteve tímido mas os trilhos fabulosos!
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