A visita do Adriano e... mais uma calçada romana - 10 de novembro de 2013

De há uns tempos a esta parte que o amigo Adriano Fernandes nos falava nos passeios que habitualmente fazíamos juntos e perguntava quando voltaríamos a pedalar. Ultimamente andava retirado da modalidade, fruto de uma queda violenta durante o verão na N206, da qual resultou uma lesão do braço/ombro esquerdo.
É sempre um prazer para nós pedalar com ele. Aproveitávamos a sua boa camaradagem e disposição para, durante os passeios, colocarmos a conversa em dia.
Durante a semana telefonámos-lhe para marcar uma voltinha em Jales e testar a condição do seu braço/ombro após a lesão…logo se prontificou a aparecer!
Na semana anterior tínhamos feito uma calçada romana para os lados da Torre do Pinhão, a qual era merecedora de ser descida, depois da “coça” que nos deu a subir… seria o percurso inverso o ideal, porque tinha menos exigência física, sendo que, a técnica seria a mesma (média/alta).

 

De Jales passámos em algumas localidades do concelho de Murça, mais concretamente nas localidades de Vilares, Fonte Fria, Fiolhoso onde subimos para o alto das madorras. Daí o destino seria a Carva e entraríamos no concelho de Sabrosa até à Torre do Pinhão.

A descida para o rio fez-se pela “tal” calçada que, com o orvalho matinal e com a muita erva que vai proliferando por entre as suas pedras a tornava muito, mas mesmo muito escorregadia…lembrámo-nos da outra que fizemos para Murça há umas semanas a esta parte…esta estava bastante mais perigosa por estar um pouco camuflada com a vegetação, ou seja, só mesmo em cima é que se conseguia traçar devidamente. Travar, nem pensar!
A meio da descida ia-se parando em zonas mais propícias. O Adriano estava radiante pela sua condição físico/técnica! Fez toda a calçada romana sem ir como pé ao chão!


Depois de chegarmos ao rio parámos para apreciar a ponte, feita de pedras imponentes e ainda muito bem conservada. Abastecemo-nos para daí subir ligeiramente para a localidade de Torre do Pinhão.
Saímos para a segunda parte do percurso e após 100 metros, repara-se que o pneu de trás do nosso amigo ia com pouco ar e, no momento acontece o inesperado… o Zé seguia à frente, na sua roda o Adriano. Num local onde aparentemente se passaria sem problema algum, o Adriano é “atraiçoado” por uma giesta que se mete na corrente/desviador traseiro e lhe travou a pedalada. Como se subia e o andamento era lento, a força de todo o corpo era exercida no momento para o lado esquerdo. Desse lado existia um sulco com de cerca de 50 cm de profundidade com algumas pedras soltas… foi precisamente para esse sulco que ele caiu…o instinto que teve foi o de proteger o seu ombro e então levou a mão esquerda ao chão…resultado; a volta acabara ali…O Adriano ainda tentou seguir, depois de se ter dado ar ao pneu, mas as dores eram muitas e começou a ficar com a mão/pulso bastante inchados. Procurámos um café na localidade mais próxima onde se arranjou gelo…depois de ter sido pedida ajuda via telefone para o resgate, lá voltámos a casa…
As fortes dores no dia seguinte, levaram-no ao médico que, depois de um exame, lhe detetou duas fissuras. Por uma questão de precaução, não fosse ele voltar a pegar na bicicleta, engessaram- lhe o braço esquerdo.
Da nossa parte fica um enorme apreço a este Homem por ser, desde que andamos de bicicleta um verdadeiro “guerreiro”! Rijo como o aço! Já o vimos sofrer várias vezes mas nunca quebrou!!! “Antes quebrar que torcer” mas nem quebrar nem torcer!
Fica a sua velha máxima: Quando eu “bufo” todo o mundo “bufa”!
Acreditamos que, ainda antes do final do ano, o levaremos novamente ao local para aí passar sem problemas, pois só assim se afastam os receios.

Um grande abraço Adriano e rápida recuperação!

* Aconselha-se o visionamento do vídeo em 720p HD