Sem ponte para a outra margem - 24 de fevereiro de 2013

Depois de construírem a mini hídrica nos Vales os caminhos novos que por ali foram abertos “aguçavam-nos” o apetite de por lá pedalarmos. Depois de verificarmos os percursos que por lá fazíamos, verificámos que existiria um caminho a montante do rio Mascanho que, supostamente, daria para fazer a ligação ao concelho de Murça. Teríamos de ir à localidade dos Vales, para daí descer e verificar tal situação.

O dia escolhido foi o de sábado, dia frio mas solarengo. O nosso amigo Adriano Fernandes, dois dias antes tinha-nos dito que gostaria de voltar à zona para pedalar connosco e por a conversa em dia, afinal, só desta forma é que vamos vendo os amigos e se vai pondo a conversa atualizada…tínhamos-lhe dito que iríamos à descoberta e não saberíamos o que nos esperava. Ele também não nos confirmou que viria mas o telefonema de sábado de manhã não chegou, portanto, não viria…virá um dia destes!

Saímos em direção a Revel, via Cidadelha e daí até à localidade de Tresminas onde iríamos encontrar um caminho largo e muito bom que rapidamente nos levou à localidade dos Vales. Aí chegados, passámos junto a um dos maiores castanheiros da Península Ibérica, com algumas centenas de anos.
A caminho do rio, e pelo meio da aldeia passámos junto a um monumento religioso com uns azulejos pintados à mão de uma beleza ímpar.

 

A descida para o rio fez-se num ápice, isto porque se descia com pendentes de 16/17% quase perpendicular à encosta.

Chegados ao rio, não avistámos qualquer sitio onde o pudéssemos atravessar. O Zé foi até uma zona de captação de água por cima de algumas silvas, verificar se eventualmente existiria alguma espécie de passagem para a outra margem.

O que se via era as marcas de alguns pescadores que se iam acomodando na margem à pesca da truta... entretanto, quando chega só diz que teríamos de atravessar pelo rio…dito e feito! Dizem que a água fria faz bem…retirar o ácido lático… dos tornozelos…ehehehe

A água bastante fria, corria com algum caudal mas, procurámos uma zona mais baixa e larga para que nos facilitasse a passagem.

Outro problema deu-se ao chegar à margem esquerda do rio…o caminho passava a uns 10 metros mas até o alcançarmos tivemos que cortar giestas e silvas bastante altas. Resultado, uns arranhões…

A subida para as imediações da localidade de Carvas deu-se por um caminho sem grandes pedras e em bom estado, isto porque servia de acesso à captação de água, no entanto, subia-se muito rápido com pendentes elevadas.

Nas zonas mais baixas, a caminho de Murça, já se conseguiam ver algumas amendoeiras floridas.

Por entre vinhas e olivais chegámos às imediações da vila de Murça, até que, a determinado momento, um senhor que por ali andava na sua vinha nos dirigiu algumas palavras. Parámos para com ele conversar durante alguns instantes. Alertou-nos para não descessemos à zona do rio Tinhela porque decorria nessa zona uma batida ao javali, era a jusante do local onde tínhamos passado. Rapidamente chegámos à ponte do rio Tinhela na N15.

Daí para a frente, aproveitámos o trajeto do passeio que fizemos aquando da visita ao “Tio Ruca”, com umas variantes diferentes entre a localidade de Fiolhoso e Vilares, aproveitando a passagem por umas zonas verdes e alguns rochedos onde deu para fazer algumas fotos.

Na chegada à localidade de Vilares, aproveitámos para ir ao café do Sr. Escaleira, amigo de longa data, onde nos sentámos próximo de uma lareira que nos convidava a ficar por ali mais algum tempo, contrapondo o frio que se fazia sentir no exterior (2 graus).

Saímos para regressarmos a casa a grande velocidade por entre os trilhos do alto da ”Carvalha Só” até às Cortinhas.
Chegámos com 46 kms e aproximadamente 1400 metros de desnível positivo.
Boa volta a repetir no verão, para não molhar os pés…

 

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