Rotas
do Ouro com Grupo de BTT do Hospital de Vila Real - 03 de fevereiro de
2013
O
BTT leva-nos a contemplar lugares edílicos, momentos únicos
e fundamentalmente a conhecer gente que se não fosse pela prática
do mesmo, seria difícil, é o caso do nosso amigo Rui Fernandes,
enfermeiro no CHTMAD que conhecemos mais aprofundadamente aquando da nossa
ida à Suiça/França fazer a subida ao Alpe
D’Huez.
A partir daí, foram já algumas as voltas em que pedalámos
juntos. Há uns tempos a esta parte, um telefonema dava conta de
que viria com o Grupo de BTT do hospital de Vila Real pedalar pelas nossas
bandas, ao mesmo tempo, convidava-nos a acompanhá-los e incumbiu-nos
de os guiarmos pelos trilhos das Rotas do Ouro. Um dos locais eleitos
por ele, seriam as explorações romanas de Jales/Trêsminas,
por onde havia passado o PUF n.º 10 Rotas do Ouro em abril de 2010.
O passeio esteve marcado para o domingo anterior mas, uma batida ao javali,
obrigou-nos a adiar o mesmo. E ainda bem, porque esteve um dia terrível
de Inverno. A meio da semana passada um telefonema vinha a confirmar a
presença do Grupo em Jales no dia 3 de fevereiro.
Eis que à hora marcada, mais minuto menos minuto, toca o telefone
e dão-nos conta da sua presença em terras de Jales, no entanto
aguardavam alguns colegas mais atrasados, que pelos vistos estiveram a
fazer noite. Os 11 amantes do pedal aparecem no local marcado para uma
manhã de BTT pelos trilhos da região, com as bicicletas
a brilhar…
Após as apresentações, seguimos para os trilhos por
entre as vielas da localidade, quando o rebanho de ovelhas do Silvestre,
decidiu atrapalhar-nos a velocidade mantendo-nos atrás do mesmo
por uns metros.
A entrada nos trilhos deu-se pela fonte nova em direção
a Cidadelha, logo com bastante água à mistura, o que nos
obrigou a entrar num lameiro para que os pés não ficassem
molhados o resto da manhã.
Já em Cidadelha, fizemos alguns single-tracks em direção
ao campo de futebol, a passagem no caminho mais frequentado, fez-se com
muita lama à mistura, o que obrigou alguns a sujarem as bicicletas,
a fazer esforço redobrado para sair da lama, e outros, a desmontar
para não correr nenhum risco dos anteriores…
Rapidamente
descemos até a um dos afluentes do Rio Tinhela, que traz parte
da água que sai das antigas minas de Jales. Aí é
notória, e chamou à atenção dos visitantes
a coloração oxidada das rochas nesse percurso de água.
Depois de atravessar o rio Tinhela pela ponte medieval, virámos
à direita em direção a Revel onde chegámos
rapidamente.
A
primeira subida digna do mesmo nome chega nesse momento em direção
a norte, mais propriamente à aldeia de Covas.
Nessa
aldeia, parámos um pouco, para contarmos aos colegas do pedal algumas
histórias engraçadas que temos sobre as primeiras vezes
que por ali pedalámos, há uns anos a esta parte.
O destino era as explorações romanas mais acima um bocadinho
e alertava-se o grupo para uma zona técnica com bastante rocha
xistosa e possivelmente escorregadia…qual o nosso espanto quando
verificámos que, de facto, pedra havia muita mas em empedrado…
sinais do desenvolvimento.
No cimo da subida viram-se as escavações e daí seguimos
apressadamente para as explorações romanas porque a subida
tinha-nos feito transpirar e corria um ar fresquinho. Os singles das explorações
fizeram-se em fila indiana e na chegada ao paredão alguns com mais
vertigens, resolveram não passar para a foto junto ao desfiladeiro
e contornaram o muro.
Entretanto, há alguém que fala em comer e nós rapidamente
os demovemos da ideia alegando que teria de ser num sítio mais
abrigado…avistámos lá ao fundo o cercado romano com
várias colmeias de mel no seu interior e rumámos até
à corta da Ribeirinha, descendo o trilho espaçadamente até
à localidade da Ribeirinha sem antes não deixar de visitar
a entrada da Corta.
Quando
chegámos à Ribeirinha aguardava-nos o nosso pai, como é
habitual neste tipo de passeios de amigos, com um pequeno abastecimento
sólido/líquido. É então que alguém
diz: “ Agora entendi o porque de não comermos lá em
cima…”
Era importante abastecer porque se avizinhava outra subida longa até
ao cimo da localidade de Cevivas, já na serra da padrela.
De
Cevivas seguimos quase sempre à mesma cota por alguns Kms até
ao cimo de Vilarelho/Tinhela.
Depois
de passar o geodésico seguimos por uns trilhos rápido até
ao rio Tinhela que, por sua vez, nos conduziu à última grande
subida do dia em direção a Campo de Jales.
Chegados a Campo de Jales, os grandes atletas foram ao duche nas instalações
da Associação Desportiva local e depois saciámo-nos
num dos restaurantes da localidade, continuando o aprazível convívio
por mais uns momentos até às 15h30m aproximadamente, hora
em que cada um rumou a suas casas.
Um dia muito agradável na presença de boa gente!
Deverão voltar, à semelhança de outros, para novas
variantes.