Rotas
do Ouro com BTTPINOCO (2.º episódio) - 17 de novembro de 2012
Após
um ano e meio,
dá-se o segundo episódio dos Trilhos das Minas de Jales
com os amigos BTT Pinoco.
Uns contactos atempados apontavam para o mês de novembro este dia
de BTT e como na agenda do Grupo o dia 17 seria o de uma saída
do habitual para pedalar por outras bandas, eis que fica marcado na agenda.
As previsões meteorológicas, como sempre, influenciam bastante
este tipo de convívios e, durante a semana, vários foram
as páginas/sítios na internet que nos iam dando informações
sobre o estado do tempo para o dia de sábado. Aguaceiros/chuva
fraca/Chuva moderada…vimos a coisa um bocadinho esquisita, fez-nos
lembrar a nossa ida
em dezembro do ano passado à terra dos nossos amigos, onde
fomos brindados com uma manhã bastante chuvosa…por momentos
ainda pensámos, bem, se quando nos receberam não haviam
pedido a S. Pedro para um dia sem chuva, portanto, se a apanharem aqui
é como que uma paga daquilo que nos aconteceu lá…
A manhã acordou chuvosa, com algum nevoeiro à mistura. Adivinhavam-se
trilhos com bastante água e lamacentos.
Às 8 horas da manhã aliviou e a partir dessa hora até
ao final da tarde, nem mais um sinal de chuva!!!
Todos olhavam o céu enublado e faziam previsões do que nos
poderia vir a acontecer…levo impermeável? Não levo?
Por momentos a malta interrogou-se…
A saída dos 16 bttistas deu-se por volta das 8.45h e, por entre
vielas da localidade fizemo-nos aos trilhos em direção a
Alfarela de Jales. As giestas molhadas que iam tapando os caminhos, foram
molhando os que à frente pedalavam em fila indiana porque o trilho
assim o obrigava.
Ao sair da localidade de Alfarela apanhámos algum congestionamento
no trânsito porque já passámos na localidade com cerca
de 15 minutos de atraso em relação à hora prevista,
pelo menos foi essa a informação dada aos controladores
de tráfego local no dia anterior. Este ligeiro atraso ficou a dever-se
ao engano que os nossos amigos tiveram, uma vez que, em Vila Pouca de
Aguiar, o Fernando Silva conduziu o Grupo em direção a Valpaços
e não a Murça, valeu a esposa de um nosso colega que os
viu meios perdidos e os encaminhou na direção correta…
Por
entre carvalhos e trialeiras, chegámos a Moreira e daí rumámos
a Vilares.
Aproximava-se
a descida para o rio e ainda houve tempo para visualizar, do outro lado
do vale a localidade para onde iríamos, o canal da hídrica
dos Vales, bem como a primeira subida que nos aguardava até à
localidade de Carvas.
Chegados ao rio foi tempo de abastecer, aliviar a roupa e outras…e
estudar o melhor local para atravessar o rio Mascanho, atendendo a que
o caudal já era maior desde a última vez que lá passámos.
Os amigos da roda 29 brincavam com os da 26 e passavam para um lado e
para outro sem sequer molhar os pés…até que lá
tivemos de passar o local e, claro, molhar os pés (alguns) porque
houve quem levasse o saquinho plástico…
Mas
com os pés molhados ou secos, fizemo-nos à dura subida para
Carvas, digo dura porque tinha muita pedra solta e era difícil
traçar-se se não fosse dado espaço para o companheiro
da frente.
Das
Carvas rapidamente chegámos a Mascanho por uma descida altamente
íngreme com pendentes que ultrapassavam os 30% em alguns locais.
Os travões aqueceram de tal maneira que o odor dos mesmos era notório
para quem descia atrás, bem como o trilho por onde as rodas passaram
a travar…
Já
na localidade preparámo-nos para mais 4kms a subir…o Grupo
alongou-se bastante e formaram-se grupetos consoante o andamento de cada
um.
Chegados à localidade de Granja de Jales, tínhamos à
nossa espera um pequeno abastecimento para retemperar as energias e “atacar”
os últimos 20kms com mais vontade.
Aqui, alguns, tiveram oportunidade de falar com um senhor que vinha do
campo com um saco de castanhas, o qual deu algumas a quem lhe pediu…não
muitas, uma amostra porque, claro pesavam e só vendia à
arroba. Um Homem culto, sabido, e por dentro daquilo que se vai passando
no país/mundo…
Entretanto
rumámos em direção a Tresminas e aqui visitámos
a igreja românica da localidade, um monumento interessantíssimo.
Um dos nossos colegas de pedalada e professor de história, prof.
Adriano Fernandes, mostrou pormenores interessantes ligados à história
daquele monumento e deu-nos ali uma mini aula de história. A saída
de Tresminas foi violenta porque entretanto o grupo arrefeceu e a íngreme
subida em direção a Covas começou a fazer das suas
num dos colegas do Grupo.
Na
localidade de Covas pedalámos por alguns metros em percurso conhecido
para alguns da altura do PUF Nª10 – Rotas do Ouro em 2010,
em direção a Vilarelho. Ao chegar a essa localidade, um
casal que apanhava castanhas e nos viu parar para fotografar disseram
um para o outro: “Olha, olha, estão-nos a tirar fotografias…”
Desde
Vilarelho subimos em direção à estrada que dá
acesso a todas as localidades que tinham ficado para trás, bem
como para a sede de concelho e, bem lá no alto, quisemos mostrar
aos nossos amigos mais um “pinoco” que ainda não fazia
parte dos seus registos chamado de “palhaça”. Fizeram
a foto da praxe e descemos em direção ao lado oposto da
montanha a grande velocidade por um caminho muito bom e sem grandes irregularidades.
O nosso amigo Manuel chegou ao fundo com o pneu de trás furado…colocaram
um pouco de ar mas não foi suficiente até que teve de colocar
câmara de ar.
A
descida novamente para o rio fez-se a grande velocidade e vinham as duas
últimas subidas até chegar ao ponto de partida.
Distância:
48 Kms - Acumulado positivo - 1460 mts.
Chegados,
lavámos as bikes com água cedida por um senhor da terra
e fomos ao duche nos balneários do clube desportivo da localidade.
Correu tudo muito bem porque ninguém caiu e ninguém se magoou,
à exceção dos arranhões comuns da prática
desta modalidade…só há um reparo a fazer…andava
lá uma bicicleta “muita linda” mas fazia uma chiadeira
naqueles discos…!!! ;) De certeza que necessita de uns produtos
da Wurth… eheheh
Porque
os estômagos estavam vazios depois de umas horas a pedalar, nada
melhor que uma grelhada, o bom vinho maduro tinto de Trás os Montes,
o pão centeio e as castanhas assadas, apanhadas ali ao lado do
grelhador…
Estiveram ao nosso serviço durante o abastecimento e na grelhada
o nosso pai e o nosso padrinho, conhecidos de outros passeios sempre pelos
mesmos motivos, a comida e bebida…
não esquecendo de quem, “nos bastidores”, preparou/temperou
as coisas (as mulheres).
Para eles/as o nosso muito obrigado!
Rescaldo/fotos
by BTTPINOCO
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