20 de Dezembro de 2009

 

Saída: 9 horas

Temperatura: -6º C

Participantes: 4

Idas ao solo: 3

Tatuagens: 1

Kms: nem sei bem, as pilhas com as baixas temperaturas…

 

 

 

Eis-nos para mais um dia de BTT, não que fosse muito propício devido às baixas temperaturas (6 graus negativos) mas “o bichinho” é mais forte que tudo!

Desta vez juntaram-se mais dois valentes ao grupo, o Manuel e o Adriano, perfeitos conhecedores dos trilhos da zona.

Proporcionámos-lhes algumas coisas novas. Afinal são inúmeros os kms nestes trilhos e há sempre qualquer coisa nova para descobrir ou ver.

Antes de sairmos para mais uma manhã a pedalar, auguravam-se algumas dificuldades devido à enorme quantidade de geada que se formou durante a noite, em alguns sítios parecia mais uma nevada que uma geada, para não falar nas enormes “pistas de gelo” que fomos encontrando durante o percurso.

 

 

Saímos para sul e fomos mostrar aos amigos que nos acompanharam, as poldras do Rio Pinhão que havíamos descoberto há uns dias. Nos primeiros metros de trilho, deu logo para ver que a atenção e concentração deveriam ser redobradas, coisa que se tornaria ainda mais difícil quando começaram a aparecer as zonas de maior humidade. Num destes locais o Zé decidiu, segundo o Adriano, afinar o rebound da suspensão do Manel. Resultado: primeira ida ao solo com consequente tatuagem do joelho direito…os travões recentemente estreados afinal travaram mesmo…seria??? Hum…o certo é que ao passar num hipotético charco de água, a roda da frente resvalou muito rápido no gelo e pode-se confirmar que o tecido de que eram feitas as calças era mesmo bom, até tinha uma camada intermédia para o proteger do frio, até aquele momento, a partir dali, por aquele local entrou algum do frio que se fazia sentir para atenuar a dor, o frio funcionou como analgésico …agora, procura-se uma qualquer coisa que fique bem ali…

 

Entretanto, a caminho do rio, ninguém esperou pelo repórter de imagem que ficara a fazer uns registos do “local do crime”. Quando cheguei junto deles, não havia muito diálogo, pensei para mim; vão mesmo concentrados…entretanto surgem umas perguntas e comprovei que as palavras saíam muito devagar, comparando com o meu maxilar inferior, vi logo que a queixada ia congelada. O Adriano, a cada passo descia da bicicleta e teimava em caminhar com ela, não com receio das escorregadelas porque ainda não tinha chegado a sua hora de ir ao solo, mas porque levava os pés frios e não os sentia, não fosse ele enjoar de caminhar ao lado da bike, lá voltava à montada.

 

 

Já na margem direita do rio, tivemos bastantes dificuldades em fazer a encosta na bicicleta devido ao gelo acumulado na encosta. Até a pé foi difícil subir!!!

 

 

 

Depois de passar o rio seguindo a margem do mesmo onde escorria muita água (gelada) eis a parte mais complicada a meu ver. Por momentos pedalava-se em autênticos tapetes de gelo. Fiquei para trás a fazer uns registos quando ouço o Manel perguntar: “magoaste-te?” mas não olhei porque se o fizesse, também corria o risco de me magoar…lol

 

Depois de acabar o trilho na marginal do Pinhão, virámos à direita em direcção à Barrela. O Zé, porque já tinha ganho a primeira medalha do dia, só tinha era que ir na frente e mostrar o seu verdadeiro valor, afinal, quem é condecorado com medalhas tatuadas tem de mostrar serviço…

 A subida começou dura e a meio, a técnica veio ao de cima…o Zé, que havia desmontado incitava-me para ver se eu não desmontava. Na minha roda vinha o Manel que, por sua vez, trazia na sua o último azarado. Mal passo pelo Zé ouço novamente: “magoaste-te?” Hum…uma vez que não podia olhar para trás sob pena de cair, pensei se essa palavra repetida num espaço tão curto de tempo seria algum código que eles teriam combinado para uma qualquer situação, ou então para me fazerem distrair e provar o gelo….Hum…pensei mais um a ida o solo…

 

 

Já no trilho romano a caminho de Vreia, fiquei novamente para trás porque o Adriano não vinha, parei e vi-o a uns 200 metros do local onde me encontrava, estava a desligar a tracção que trazia engrenada desde o inicio do passeio, para dali à próxima localidade ninguém o ouvir e poder fazer uma “subida higiénica”, afinal os cursos de água gelada aparentemente tinham acabado. Lamentava-se…:”se sabia tinha trazido a outra bicicleta” é que a “outra” já conhecia melhor a zona e não necessitava tantas vezes de engrenar a tracção…lol

 

Já em Cidadelha, parámos e decidimos comer algo. O Manel teimava em puxar a água mas o tubo estava gelado…enfim, muito frio mesmo!!!

 

 

Depois de nos deliciarmos nos single-tracks dessa localidade rumámos a uma zona mais baixa, pensando que estaria mais quente e lá fomos até um afluente do Rio Tinhela. A descida teve de ser feita nos trilhos de alguns automóveis que passaram por ali no dia anterior, se saíssemos desses trilhos estaríamos sujeitos a cair, tal era a dureza dos anteditos trilhos….continuava tudo gelado…

 

 

 

 

Já no rio, deparámo-nos com uma zona completamente gelada…

 

 

O Adriano fazia exercício físico para aquecer os pés…o o tempo ainda deu para tirar a respectiva foto de família.

 

 

 

Já no Rio Tinhela, a montante do local onde tirámos a foto do grupo, atravessamos a ponte romana e passámos num local mítico para “Os Garimpeiros” (Indy, Plus e Lobo Solitário) o célebre parque infantil no meio do nada…

 

 

 

 

Depois de chegados ao ponto de partida nada melhor que um chá quentinho e um chocolatinho para repor os níveis de energia no organismo.

 

 

 

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